Palavra do Pároco - Maio

Caríssimos Paroquianos(as) e leitores(as) do “Voz da Comunidade”

Aproxima-se um período de grande importância para a Igreja: o tempo quaresmal. Trata-se de quarenta dias de preparação, por meio de oração intensa, jejum e práticas de caridade, para a festa da Páscoa. Tudo na Sagrada Liturgia, neste tempo litúrgico, converge para o Tríduo Pascal, a saber, Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Quanto a nós, cristãos, somos convidados neste período a seguir os passos de Cristo que caminha no deserto, somos convidados a tomar a nossa cruz nas mãos e, juntamente com Cristo, realizarmos nosso êxodo, ou seja, realizarmos uma saída de nós mesmos, do nosso egoísmo, autossuficiência, sairmos de uma vida de pecado, para uma nova vida em Cristo. Trata-se, portanto, de um caminho para o interior de nós mesmos, um itinerário de fé, que culminará em uma transformação no seguimento de Cristo.

O que deve prevalecer neste período é o espírito de penitência e de conversão. Compreende-se, por este processo, uma mudança de vida, na qual o fiel é convidado a assimilar as suas ações com o modo de agir e de pensar do próprio Cristo, buscando acima de tudo, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, conforme nos apresenta a Sagrada Escritura.

Nota-se, portanto, que neste processo de conversão devemos realizar dois movimentos importantes: o primeiro deles refere-se ao mesmo movimento que o Filho Pródigo teve, ou seja, o regresso ao Pai; o segundo refere-se ao movimento da Samaritana, ou seja, após realizar a experiência com o Cristo, saiu correndo para anunciá-Lo a todas as pessoas.

Por fim, pode-se dizer que o ser humano, chamado a viver uma comunhão plena com Deus, necessita, diariamente, realizar a conversão evangélica permanente, visto que a meta é o próprio Deus: “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Assim como também, o exemplo de Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Por meio desta explicação, cabe a nós tomarmos consciência do nosso papel como cristão e procurarmos viver a vocação cristã proveniente do nosso batismo, em consonância com os ensinamentos deixados por Cristo.

Com carinho e minha bênção sacerdotal

Pe. Daniel Aparício Rasteiro, cmf
Pároco-Reitor